TESTEMUNHOS
"A riqueza da personalidade e da vida de Padre Pedro
não pode ser transcrita em sua totalidade,
por mais fiel e completo que possa ser o seu retrato biográfico.
Contudo, quem teve a graça de conhecê-lo, de conviver e trabalhar com ele,
pode testemunhar os dons que Deus lhe concedeu em sua vida
de sacerdote e pastor, de servidor fiel de Jesus Cristo e do Povo de Deus.
Os dados biográficos e os testemunhos apresentados
nos estimulam a reconhecer agradecidos tanto bem que ele nos fez
e a louvar a Deus pela sua caridade e dedicação pastoral incansável."
Dom Sergio CARDEAL da Rocha
"A primeira vez que fui visitá-lo, o encontrei com uns vinte rapazes, era vire-reitor no Seminário Menor de La Paz, na Bolívia. Não ficou por muito tempo. O seu lugar era no meio do povo, entre os pobres e, quando o encontrei de novo, ele estava em Munaypata, com Padre Passio Ferrari e uma comunidade de
freiras Ursulinas.
Todas as vezes em que ia visitá-lo, havia sempre alguma coisa nova e bonita para se ver. Eu via um Padre Pedro não apenas 'construtor de obras', mas também um homem de oração e apaixonado evangelizador: dedicava muitas horas semanais à catequese nas escolas, cuidava da liturgia, estava com o povo. Um homem ocupadíssimo, que sabia, porém, curvar-se para todas as pessoas, escutar e se comover... Cultivava intensas relações pessoais e se emocionava, tanto é que o pensar em ir embora e deixar a Missão era duro demais para ele.
Da Bolívia ele foi para o Brasil, terra distante, mas a mesma música: atividade incansável, obras para os pobres, vida exemplar, grande afeto pelas pessoas. Este é o segredo do Padre Pedro Balzi: acreditava plenamente na sua vocação e doou toda a sua vida pela missão."
Padre Crescenzio Moretti
"(...) fui encontrar-me com o 'personagem excepcional' que era o Padre Pedro Balzi; naquele tempo vivia ainda na casa de taipa ao lado do Santuário de Nossa Senhora da Paz e ali nos vimos pela primeira vez.
Depois de saber que eu era valtellinese, rapidamente me esclareceu que poderíamos nos tratar por 'você' e em pouco mais de uma hora me narrou a sua vida: das terras bergamascas ao Polesine, na ocasião da histórica enchente, da experiência de mais de vinte anos na Bolívia, onde construiu um hospital, com o grande sustento da sua mãe que, 'para mandar alguma coisa, economizava a lenha do aquecimento no inverno', da chegada no Brasil, entre os desprezados acampados em uma 'invasão', falou da Fazenda para os dependentes químicos no Maranhão, da creche para as crianças, da contínua ampliação e adequação das escolas e do posto de saúde, das quadras e da praça para os encontros.
Levou-me, depois, por uma longa visita às salas, laboratórios, padaria, corte e costura, alojamento para os peregrinos, depósito dos alimentos para doação, não esquecendo a Via Sacra e a sua Igreja, o Santuário de Nossa Senhora da Paz, mostrando-me estátuas e quadros, além da história de cada obra. Logo após, organizou para os dias seguintes a visita à Fazenda da Paz.
Àquele encontro seguiram muitos outros, porque em cada viagem a Teresina para os meus trabalhos junto à Funaci no Socopo, ia sempre saudá-lo. Encontrei-o também no dia que sofreu aquele trágico acidente, que tanto nos fez temer por sua vida e que ele sempre definiu como 'uma queda'; uma outra vez o vi, em 2006, com meu colega Giancarlo, que o padre tanto estimava, e em outras ocasiões nestes últimos três anos; por cerca de dez vezes tive a honra de estar com
Padre Pedro, ainda que por algumas dezenas de minutos, pois ele estava sempre correndo: 'Vamos! Temos pouco tempo... O tempo é breve!'. Sempre, porém, não deixava de acompanhar-me na visita à 'sua' Igreja e, ao meu apreço diante das obras que ele realizou, me dizia com a sua grande e indestrutível fé: 'Eu não fiz nada, tudo foi Ele quem fez', e apontava o grande Crucifixo sobre o altar; fora sempre animado por uma grande força e por uma energia infinita."
Ninno Zappa
Quando partiu para as pobres favelas da Bolívia e do Brasil, disse-me:
'Sabe, Giovanni, eu quero ir para estar próximo, viver e ajudar o povo mais pobre e necessitado'.
Mais adiante me dizia:
'Quando parti, não sabia o que deveria fazer, seja na Bolívia seja no Brasil; vê, porém, as tantas obras... Partindo para o Brasil, queria dedicar-me, sobretudo, aos leprosos, que além deste mal, viviam o pesadelo de ser excluídos da sociedade por conta da doença, queria dar-lhes a alegria de ser bem tratados e permanecerem serenos entre os outros. Depois, além dos leprosos, encontrei crianças magras de fome e pela miséria. Estando próximo delas, senti a urgência de resolver os seus problemas, realizando uma obra apropriada. Pensava: se é vontade de Deus, acontecerá!'.
Pedro era pobre e sem meios, mas com a Providência e a ajuda dos amigos, realizou muitas obras, ainda que encontrando numerosas dificuldades facilmente imagináveis. Existiram, entre outras, incompreensões e duras críticas da parte de alguns padres... Pedro sofria por eles, mas os perdoava, queria o seu bem como o de todos, rezava por eles e se tornava motivo para que buscassem melhorar. Era verdadeiramente humilde e bom!
Hoje as suas obras continuam a fazer um grande bem e são dirigidas por colaboradores que cresceram trabalhando com ele. Deixou as coisas de modo que as ajudas recolhidas e enviadas cheguem diretamente ao lugar onde existe necessidade, sem intermediário nem dispersões, de modo claro e seguro. Padre Pedro, com a sua obra, foi um exemplo prático de como se erguem os povos da miséria: com a assistência, o cuidado, a instrução, a preparação para a vida. Um exemplo para o mundo! Ele queria a dignidade humana e espiritual dos filhos de Deus, buscando que todas as pessoas da terra fossem iguais na justiça, na equidade, no respeito, na consideração e na liberdade desejadas.
Se pessoas como o Padre Pedro tivessem à disposição as imensas riquezas gastas nas guerras, com armamentos, nos desperdícios públicos, nas pragas da burocracia, no luxo vergonhoso... estas pessoas resolveriam o problema dos pobres da humanidade inteira!
As últimas palavras de Padre Pedro ao telefone, com um fio de voz, sempre mais consumido pelas dores
e pela doença, foram: 'Giovanni... Amor, amor, oração, amor, perdão, amor, amor...'.
Pedro amou muitas pessoas como um pai... No testamento, na sua última saudação aos amigos, dizia:
'Se vou ao Paraíso, como espero, rezarei por vocês... Meus filhos, espero todos e todas lá!'."
Giovanni Balzi, irmão
Lembro especialmente a sua acolhida, sempre cordial com todos, o sorriso, a paciência, ainda que entre circunstâncias e situações difíceis da jornada. Padre Pedro era também um homem concreto, que te dedicava o seu tempo precioso, mas depois, volatilizado o discurso, passava ao sólido. Durante os deslocamentos para
visitar uma casa, para celebrar uma Missa, depois de informado sobre a Itália, os amigos e a respeito da tua vida... 'agora rezemos o terço' - dizia - fazendo os comentários de cada um dos mistérios do dia. A oração sempre, antes de tudo, as Laudes no início da jornada, as Completas antes de recolher-se para dormir, a
celebração da Santa Missa. Pessoalmente, devo recordar ainda a confiança que depositava em todos, mesmo na minha pessoa.
Muitas vezes me repetiu: 'Venha comigo, venha dar-me uma mão'. Acredito ter perdido o trem pelo menos duas vezes na minha vida: a primeira quando, chegando na
Suíça como jovem padre, não encontrei Don Antonio Locatelli (confrade e companheiro de Missão do Padre Pedro no Polesine), com o qual deveria trabalhar entre os imigrantes na Suíça e, em vez disso, deveria partir naqueles dias para a Bélgica; a segunda vez quando não ousei juntar-me ao Padre Pedro em Teresina, não vendo-me à altura desta tarefa, já tendo avançado muitos anos para ir ao Brasil. Duas ocasiões perdidas que certamente me teriam feito crescer na escola de dois "gigantes" de humanidade.
A fidelidade de Padre Pedro à sua vocação transparecia no seu modo de vida sóbrio e simples. Mesmo sendo um missionário "afortunado" porque os seus amigos na Itália e no mundo inteiro o ajudaram para as numerosas obras que realizou, nunca se encontrou nele qualquer apego às coisas ou ao dinheiro. Servia-se delas sem viciar as mãos. Por suas mãos passaram notáveis cifras de liras, mas retia como luxo para si um copo de água mineral ou um par de sapatos. Certos projetos seus poderiam ser interpretados como uma forma de teimosia; percebo, porém, que se tratava de fidelidade à sua vocação missionária, pela qual sentia todas as exigências dos mais carentes.
Quanto trabalho, quantos sacrifícios, quantas orações! Deu a sua vida pelos outros, buscou os mais pobres, até quando a saúde o permitiu. Proclamou com palavras e obras a Boa Nova, na qual acreditou firmemente, primeiro no Polesine, depois entre os mais necessitados na Bolívia e no Brasil. E quando chegou a hora do sofrimento, sofreu ele mesmo pelo bem da Igreja e de todos aqueles que amou no seu no caminho terreno. Por fim, foi à Casa do Pai, contente por ter feito todo o bem que pode. Mas fazer o bem quando se está bem é fácil. Mais difícil é fazer a Vontade de Deus quando somos provados na pele.
Padre Pedro impressionou-me ainda mais nos últimos dias da sua dolorosíssima enfermidade. Lembro o último telefonema que me fez, com um fio de voz: 'É preciso fazer sempre a vontade do Senhor, seguros de que Ele nos ama sempre, sempre. Reza por mim, e eu rezarei por ti do Paraíso se, como espero, conseguir alcançá-lo'. Estou seguro, então, que temos mais um amigo lá.
Não sei vocês, mas quando tenho necessidade, não me volto aos santos mais famosos do calendário, estes já tem muitos devotos e, portanto, muito mais a fazer. Volto-me pessoalmente aos santos menos conhecidos, aqueles que encontrei sobre esta terra. Poderia listá-los um a um, começando por meu pai e minha mãe... e Padre Pedro. Revejo-o agora no seu túmulo, no Santuário da Vila da Paz. Agora, finalmente em paz, me fala com calma: da vida que vale a pena ser vivida como uma missão, isto é, pelos outros; do bem a fazer que é, de fato, a única coisa que nos acompanha no outro lado; do nosso Deus escondido e nem sempre evidente, entretanto, mais forte do que a morte que parece consumir os nossos dias. Vale a pena continuar a lutar e servir: a vida e o amor terão a última palavra."
Padre Egidio Todeschini
"Bérgamo, por primeira, deve dizer 'obrigado' ao Senhor e aproveitar o seu exemplo para estimular em nós, sacerdotes, o amor à pobreza, pelos pobres e por Deus mesmo. É impossível agradecer a todos - e são muitos - aqueles que o estimaram e ajudaram a recolher os meios para sustentar as múltiplas iniciativas pastorais, educativas, sanitárias, assistenciais e sociais postas em favor do povo: um 'obrigado' que deveria voar pelo mundo inteiro, porque Padre Pedro tinha amigos e benfeitores nos quatro cantos. O meu cordial reconhecimento se volta, ainda, a quem se dispôs e continua a dispor-se para o bom andamento das atividades
existentes em Teresina: desde as Autoridades a todos os adeptos nos vários setores e serviços, bem como às Irmãs, sempre presentes.
Quando o conheci, tinha 20 anos: ele era padre novo, eu ainda clérigo no Seminário de Bérgamo. Nos primeiros anos do seu e do meu trabalho pastoral, nos encontrávamos às vezes e depois, como superior, o visitei mais vezes na Bolívia, para onde foi transferido em 1964, e depois no Brasil.
A sua vida foi sempre de intenso trabalho pastoral ligado às exigências locais do povo e dos jovens, em particular, e de intensa oração. Não exito defini-lo como uma lâmpada vivente ou, como alguém já disse, um verdadeiro "Homem de Deus". Quem se aproximava dele, de imediato sentia estar diante de uma pessoa singular, sempre preocupada em falar do Senhor, de Nossa Senhora, da Igreja e da Divina Providência e preocupado em elevar a uma vida digna os pobres.
A sua vida foi decididamente pobre. Onde quer que esteve, demonstrou com seu trabalho ter compreendido e feito próprio o ensinamento do Evangelho sobre a pobreza. O dinheiro que passou por suas mãos para ajudar os necessitados foi abundante, mas não contaminou minimamente a sua vida missionária. Despojou-se de tudo que tinha e sensibilizou outras muitíssimas pessoas a despojar-se de alguma coisa para ajudar os pobres.
Uma extraordinária riqueza de trabalho pastoral, de oração, de pobreza, que o animou a abrir a sua vida à dimensão social e formativa da juventude, da sociedade e da Igreja do futuro. Os Bispos que se sucederam no serviço episcopal da Arquidiocese de Teresina não escodem a sua admiração por quanto fez Padre Pedro. O bem garantido por estas obras existentes em Teresina, a colaboração entre as autoridades que têm no coração o bem da cidade, e a intercessão junto a Deus do Padre Pedro, nos levam a confiar que a ajuda continue a 'chover abundante' para um futuro sempre melhor do povo necessitado."
Dom Lino Belotti
Saudades de um santo amigo
"Completa-se um ano do falecimento do Padre Pedro Balzi, o Pastor da Vila da Paz, em nossa Capital. Ele foi o amigo de muitos amigos, em sua maioria, os pobres, ele, o santo que marcou sua vida pelo fiel seguimento de Jesus Cristo.
Amigo, o Padre Pedro foi de muita gente. Quando chegou a Teresina, ele pediu-me para ser Vigário cooperador de Fátima, por três meses. Ele queria conhecer os fiéis daquela Paróquia para fazer, entre eles, os amigos e aliados da sua causa.
Amigo dos pobres, ele se manifestou a mim, para cuidar das muitas famílias que em um determinado dia, ocuparam a área que hoje é parte da Paróquia Nossa Senhora da Paz. O Prefeito de então, Wall Ferraz, condescendeu com os futuros habitantes de Nossa Senhora da Paz. E Padre Pedro se tornou amigo e pai daquela população pobre e carente que se fixara em palhoças e casebres. Com ela, estava o Padre Pedro. Lembro da primeira Semana Santa, ofereci-me para celebrar os solenes atos litúrgicos num grande salão coberto de palha, no meio da maior simplicidade.
Enquanto fui Arcebispo de Teresina, Padre Pedro habitou comigo no velho Palácio Arquiepiscopal, à Avenida Frei Serafim, 1693, ou foi meu comensal, anos seguidos.
Foi ocasião de conhecê-lo mais de perto e sentir o seu compromisso com a Imitação de Cristo. Trazia para a mesa os acontecimentos tristes ou trágicos de suas comunidades. Enchia os olhos de lágrimas e deplorava a dor dos seus paroquianos.
Na Capela, observei a sua demorada presença diante do Senhor Sacramentado. Homem de oração, no Retiro do Clero de Teresina, sem dúvida, era o sacerdote mais retraído e silencioso. Entregava-se à mais profunda comunhão com Deus!
Foi um homem pobre. Enquanto favorecia a construção de casas e melhoramentos para os outros, ele mesmo morava numa casa de taipa. Sem geladeira e TV. Apanhava água num poço, no quintal. Seu alimento durante o dia era pão e chá, para cuidar também de uma enfermidade. Podia ir à Europa frequentes vezes para visitar a família no norte da Itália. Ainda viviam, por lá, um irmão e uma irmã religiosa. Ele se limitou a idas de todo necessárias. E estendia sua viagem aos Estados Unidos, onde residiam alguns amigos e benfeitores. Para ele, nada. Para os outros, os frutos do seu trabalho e das ajudas recebidas.
Em Bérgamo, havia a Sociedade dos Amigos do Padre Pedro que recolhia doações para as suas realizações em Teresina. Assim, foi também na Bolívia, em La Paz, onde ele viveu mais de 20 anos. Sua mão benfazeja plantou uma invejável semeadura de bens a milhares de pessoas que sua caridade ajudou e ajuda em múltiplas formas de promoção e assistência.
De saúde frágil, Padre Pedro se desgastou até a doença e a morte. Foi um autêntico servidor de Cristo na pessoa dos pobres.
No transcorrer do primeiro aniversário do trânsito para o Pai, sinto saudades de um santo amigo que, poderosa e eficazmente, me auxiliou na dedicação aos pobres de Teresina. Deus o tenha em sua paz, em sua glória."
Dom Miguel Fenelon Câmara
"A atividade incessante, até mesmo frenética, não impediu o contato com as pessoas que sempre o amaram: passaram-se 25 anos desde quando foi embora de Munaypata, na Bolívia, mas não tem domingo que não seja lembrado nas orações dos fieis.
Este enérgico Bergamasco, nascido na Suíça, por trás da aparência de um homem duro e decidido, escondia uma rara ternura que os pobres percebiam ao primeiro contato e agia como quem está convencido de que a vida, as qualidades e os bens materiais e espirituais são dons de Deus, por isto não nos pertencem, mas
têm que ser doados ao primeiro necessitado que, de vez em quando, Deus coloca no nosso caminho. Lembro o sermão que me fez uma vez, quando para o almoço, cansado de tomar sempre água, comprei uma (somente uma) garrafa de cerveja.
Ele pegou em milhões e nunca teve apego a nada, vivia realmente como alguém que tinha se esquecido de si: é que Padre Pedro tinha se identificado totalmente com a sua missão, com a consciência de quem, tendo recebido o cargo diretamente de Deus, não podia mais voltar atrás.
Nós jovens sacerdotes torcíamos a boca diante da sua maneira de fazer pastoral; achávamos que todas aquelas construções eram exageradas e pareciam estar em contradição com a Igreja pobre que queríamos ser e com a sociedade pobre na qual atuávamos; acho que Padre Pedro tenha sofrido muito por causa disso, mas
o tempo lhe deu amplamente razão. Ele foi adiante pela sua estrada, fazendo a única coisa que era capaz: doar-se completamente, sem ficar com nada para si.
Em 1986, de uma hora para outra, sem avisar a ninguém, deixou a Bolívia, não os pobres e nem a Missão, que realizou incansavelmente até a morte, naquele Brasil que agora o acolhe e o honra e onde o seu corpo, finalmente, repousa.
De fato, não lhe faltaram as incompreensões, os pequenos ciúmes, talvez a inveja de quem, não tendo tanto entusiasmo e não sendo tão capaz de suscitar solidariedade e sinergias, temendo talvez desagradáveis conflitos, tendia a diminuir o alcance das suas iniciativas, ou então, considerava-as fruto de megalomania e de
inconsciência, como de quem quer exagerar ou dar um passo maior do que a perna... Padre Pedro, certamente, sofria com essas coisas, mas procurava, humildemente, tirar algum ensinamento de tudo isso, e rezava pelos detratores, os quais, de resto, nunca conseguiram prejudicar o seu ímpeto, a sua tenacidade, a sua confiança imbatível de estar fazendo o que é justo porque favorecia a vontade de Deus."
Padre Davide Rota